Muita gente chega na consulta e diz: “Eu só queria ter um relacionamento sério…”
O bom e velho desejo de amar e ser amado.
Mas… Será mesmo? 🧐

Amar exige esforço e comprometimento. Até pode começar na paixão, mas o que sustenta um relacionamento “sério” é o cuidado, a dedicação e a reciprocidade. Diária e contínua.

Quer dizer, amar as qualidades e belezas do outro é fácil, né?
Mas e os defeitos? Os medos, as limitações e as loucuras?

Na era da modernidade líquida, o amor também tem sido dissolvido… Se por um lado, o alcance das redes sociais e apps de relacionamento (ou seria fast f0da?) facilitou o acesso a uma multidão de crushes;

Por outro lado, explodiu a descartabilidade das pessoas: “Ah, assim tá muito difícil, quero mais não…” ou “Isso não tá funcionando, melhor deixar a fila andar…”

Nesse cenário, está sendo esquecido que os relacionamentos, de verdade, exigem vontade de consertar os desencontros. De atualizar os combinados e projetos.

E que é preciso muito estômago para transformar os problemas em aprendizado, e crescer junto com o outro. Humildade que fala né?


O amor é como uma dança a dois, que precisa de sincronia para ganhar movimento. Dois que mais cedo ou mais tarde vão colidir. Vão se atritar e até perder a cabeça.

É hora de partilhar responsabilidades e construir reciprocidade. Adaptar-se às necessidades do outro e criar condições para que ele também consiga se adaptar às nossas.

O jogo de “quem se importa menos” só deixa claro a pequena disposição em lidar com o lado “ruim” dos relacionamentos:

  • Reconhecer as imperfeições de si mesmo e do parceiro. As faltas, os excessos, os erros.
  • Esforçar-se para corrigir os problemas de forma empática, persistente e conjunta.
  • E aprender que uma relação só acontece quando o “eu” decide renunciar do próprio umbigo e colocar as necessidades do “nós” em prioridade.

O que você tem feito para isso? Está comunicando intenções e expectativas de forma clara? Está disposto a se importar com as necessidades do crush? 🏳️‍🌈

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